quinta-feira, 29 de abril de 2010

O BASÍLIO NAS ONDAS DO RÁDIO

Entrevista com Marcos Gomes "o autor de Basílio,O destemido" feita pela rádio Eldorado. É só clicar no link:

http://int.limao.com.br/eldorado/audios!getPlayerAudio.action?destaque.idGuidSelect=F03F1A5F4AFD4A5F834482E14B64A4B7

Entrevista com Marcos Loureiro "diretor de Basílio,O destemido" feita pela rádio Jovem Pan. É só clicar no link:

http://jovempan.uol.com.br/entretenimento/programas/radioaovivo/estreia-dia-01-de-maio-a-peca-basilio-o-destemido-197222,,0

quarta-feira, 21 de abril de 2010

OVERDOSE

ADMITO QUE SOU VOYERISTA
                                   NINFOMANÍACO
                                   E TENHO UM PÉ NO SADOMASOQUISMO.

ADMITO QUE JÁ ANDEI EM LABIRINTOS DE GOZOS E GEMIDOS.

A GRAFIA DO PORNÔ ME INTERESSA MAIS QUE A POESIA.

JÁ TRANSEI EM LUGARES PÚBLICOS
                             PARTICULARES
                             E PÚBICOS.

ADMITO QUE ENTREI EM DARK ROOMS AO SOM DE "HEROIN".

COCAINEI O MONTE EVEREST EM RAVES NUM ECSTASY ELETRO-PUNK.

TRAGUEI A FUMAÇA CANÁBICA E VULCÂNICA DA ISLÂNDIA.

SEGUI DE VOLTA O CAMINHO SEM VOLTA.

FANTASIEI COM AS MULHERES DE MINISSAIA SUBINDO A ESCADA ROLANTE DO METRÔ.

TRABALHEI COM DISTRIBUIDORES DE PRAZERES INSTANTÂNEOS.

TENHO UMA QUEDA POR LÉSBICAS E GAROTAS BISSEXUAIS
                                       POR RUIVAS
                                                JAPONESAS
                                                LOLITAS
                                                COM CABELOS CURTOS...
                    
ENFIM....TENHO UMA QUEDA POR TODAS.

DESDE QUE SAIBAM METER.

ADMITO QUE TENHO UM PROFUNDO RESPEITO PELAS SENHORITAS QUE MANTÊM EM ATIVA A PRIMEIRA PROFISSÃO DO MUNDO.

ADMITO QUE JÁ NAMOREI UMA DELAS.

ADMITO QUE TENHO SONHOS GENOCIDAS COM ESTUDANTES DE ARTES CÊNICAS.

QUE VEJO A CENA DO MAR DE SANGUE DO ILUMINADO DO "KUBRICK" LAVANDO OS CORREDORES DAS FACULDADES DE ARTE.

PARTICIPO DAS PUNHETAS CIBERNÉTICAS EM HOMENAGEM Á SASHA GREY.

ASSISTO "SUPERPOP" SÓ PARA VER AS GAROTAS DE LINGERIE.

SAIO DE CASA SEM SABER QUE HORAS VOLTO.

PERCORRO CÁPSULAS, CACHIMBOS, RUAS , PAPELOTES, VIELAS...

O MEU SANGUE ESTÁ SENDO VENDIDO NA PRÓXIMA ESQUINA.

ALCOOLIZEI TODOS OS PROZACS DA MINHA VIDA.

A RITALINA ENOBRECE O HOMEM.

NAS MINHAS MÃOS TENHO CICATRIZES DE BRIGAS DE RUA.

NO MEU CORAÇÃO TENHO OUTROS TIPOS DE CICATRIZES.

SINTO QUE VIVER VAI ME MATAR.

MAS ME RECUSO "Á VIVER SENTADO NO SOFÁ COM A BOCA ESCANCARADA CHEIA DE DENTES ESPERANDO A MORTE CHEGAR".

UM DIA DESSES TENHO UMA OVERDOSE POR VIVER INTENSAMENTE.

E TUDO ISSO ACABA.

 EM ESPASMOS.

domingo, 11 de abril de 2010

LIÇÃO DE CASA


'Jamais tive uma overdose; não vi os Sex Pistols no Chalet du Lac; não estive no Bronx nos primórdios do hip-hop; não vi os Beatles ao vivo no Ed Sullivan Show; não fui aos shows do Elvis em 55; não compartilhei groupies com o Led Zeppelin; não sou um crítico de rock profissional; não tenho vontade de ser completo, objetivo ou de boa-fé. Em suma, não tenho nenhuma legitimidade para escrever este livro, e foi por todas essas razões que mesmo assim o escrevi.'



                                                                    Hervé Bourhis



LEITURA OBRIGATÓRIA

sábado, 10 de abril de 2010

UM OUTRO DIA NA MINHA VIDA.

EU ME LEMBRO QUANDO ELA ME DISSE:

- Fica lá em casa comigo por uma semana.

- Pra quê?

- Pra gente vê como vai ser nossa vida de casado...sabe...tipo um estágio.

- Um estágio?

- É. Fica tipo...de segunda á sexta. Aja como se você estivesse em casa.

CONCORDEI COM A PROPOSTA.

NO PRIMEIRO DIA NÃO DEU CERTO, ELA TINHA QUE IR AO BANCO, PAGAR ALGUMAS CONTAS.

NO SEGUNDO DIA FUI TRABALHAR E DE LÁ FUI PRA CASA DELA.

JANTEI.

ASSISTI A NOVELA DAS OITO QUE PASSA ÁS NOVE.

ASSISTI O QUE PASSOU DEPOIS DA NOVELA.

AJUDEI O FILHO DELA Á FAZER A LIÇÃO.

HORA DE DORMIR.

TERCEIRO DIA.

ELA FOI TRABALHAR.

TIVE QUE SAIR.

VOLTEI... PEGUEI A CHAVE DE CASA NO SERVIÇO DELA.

ASSISTI A SESSÃO DA TARDE.

ASSISTI MALHAÇÃO.

ELA CHEGOU.

AJUDO ELA Á FAZER A JANTA.

O FILHO DELA CHEGA.

ELE LIGA O PLAYSTATION.

ELE TEM PROVA AMANHÃ.

ESTUDAMOS COM ELE.

JANTAMOS.

VEMOS A NOVELA.

DEPOIS TEM JOGO.

MUDAMOS DE CANAL.

" Se você acertar a pergunta, ganha uma linda coleção de potes de metal."

ELA ACERTA.

ELA GANHA OS POTES DE METAL.

ELA VAI TOMAR BANHO.

PÕE O FILHO PRA DORMIR.

FODEMOS.

DORMIMOS.

6:15.

BIP....BIP...BIP...

QUARTO DIA

TENHO QUE IR TRABALHAR.

CHEGO ATRASADO.

FAÇO O MEU SERVIÇO.

ELA ME LIGA.

-Passa no mercado e trás pão.

- O que mais?

- Alguma coisa fácil de fazer á noite.

- Nuggets?

- Você que sabe.

PASSO NO MERCADO.

PROMOÇÃO DE LASANHA.

OLHO A VALIDADE.

DÁ PRA COMER.

CHEGO COM A LASANHA E O PÃO.

ELA PÕE A LASANHA NO FORNO.

O FILHO DELA CHEGA.

LIÇÃO.

PLAYSTATION.

PROVA AMANHÃ.

OLHO NO CADERNO DELE...ELE TEM FILOSOFIA.

ELE TEM OITO ANOS.

TEM ESPANHOL, INGLÊS, ROBÓTICA, INFORMÁTICA, PORTUGUÊS, MATEMÁTICA E ÓPIO PARA ANESTESIAR A INFÂNCIA.

ESCOLA PARTICULAR.

REDUTO DOS MAURICINHOS DA PERIFERIA.

FORTALEZA DOS QUE NÃO CONSEGUEM SOBREVIVER NA PERIFERIA.

“Na verdade, o domínio sobre os signos lingüísticos escritos, mesmo pela criança que se alfabetiza, pressupõe uma experiência social que o precede – a da ‘leitura’ do mundo.” -Paulo Freire.

FECHO O CADERNO.

ELA VAI TOMAR BANHO.

O FILHO DELA VAI DORMIR ALHEIO AO MUNDO Á SUA VOLTA E SEMPRE PERMANECERÁ ALHEIO.

VAMOS DORMIR.

NO MEIO DA NOITE ELA ACORDA.

DOR.

DOR NO ESTÕMAGO.

PASSAMOS Á NOITE ACORDADOS.

AMANHECE.

FALO PRA ELA NÃO IR TRABALHAR.

ELA QUER IR.

ELA É RESPONSÁVEL.

Vai trabalhar, vagabundo

Vai trabalhar, criatura

Deus permite a todo mundo

Uma loucura

Passa o domingo em familia

Segunda-feira beleza

Embarca com alegria

Na correnteza
 
Vai te enforcar
Vai te entregar

Vai te estragar

Vai trabalhar
 
- Chico Buarque
 
BRIGAMOS.

ELA PASSA NO MÉDICO.

NÃO É NADA GRAVE.

MAS ESSA NOITE ELA VAI PRA CASA DA MÃE.

LÁ TEM SOPA QUENTE.

ELA TAMBÉM ESTUDOU EM ESCOLA PARTICULAR.

Todos nós nascemos originais e morremos cópias. -Carl Jung

ANTES DELA IR PRA CASA DA MÃE, PEGO A MINHA MOCHILA COM AS ROUPAS.

VOLTO PRA CASA.

PONHO A MOCHILA NO QUARTO.

LIGO O COMPUTADOR.

FRASE DO DIA:

"Ser normal é a meta dos fracassados!"
CONCORDO.

SÃO 22:35.

A NOITE ME CHAMA.

domingo, 21 de março de 2010

                                        BLOG DE FÉRIAS DE 22/03 Á 27/03.

UM DIA NA MINHA VIDA

ACORDO DEPOIS DO MEIO DIA COM O BARULHO DA OFICINA EM FRENTE Á MINHA CASA.

VOU TOMAR CAFÉ.

SÓ TEM DUAS FATIAS DE PÃO DE FORMA E O RESTO DE REQUEIJÃO.

LIGO O COMPUTADOR.

RESPONDO UNS E-MAILS.


E-MAIL 1
Oi, Luis.
Como é que tá?
Como você é o tarado que tá mais a mão, peço pra ti mesmo: Cite vários nomes de revistas eróticas (das que trazem continhos eróticos e pornográficos) das mais toscas as menos. (mas me dá um toque de quais são as mais toscas, tá?, são essas que mais interessam)

E-MAIL 2
Use as suas opiniões nesta pesquisa para mudar as coisas

E-MAIL 3
Você está passando por um novo trânsito astrológico

E-MAIL 4
quer namorar comigo??? Rsrsrsrsrsrs

E-MAIL 5
Luis, é sério...preciso da sua ajuda.

Tem como me arrumar umas daquelas pilulas do dia seguinte...tô sem grana.

Me liga logo.

DESLIGO O COMPUTADOR E LIGO PRA GAROTA.

-TAL HORA OK?

-OK?

VOU ATRÁS DAS PILULAS.

CONSIGO.

ENCONTRO A GAROTA E ELA TREME.

- Fica comigo, enquanto tomo.

- Tá.

- Me paga uma água?

- Pra quê?

-Pra tomar o comprimido, ué?

COMPRO A ÁGUA.

ELA TOMA O COMPRIMIDO.

LEIO A BULA.

-Você tem que tomar outro daqui á 12 horas.

- É ....eu sei.

- Você quer o dinheiro da água?

ELA ME MOSTRA A LINGUA E VAI EMBORA SEM AGRADECER.

PASSO NO BAR E UNS CARAS QUE CONHEÇO NA HORA ME PAGAM UM "RABO DE GALO".

COMPRO UM CHURRASCO POR UM R$1,30.

"ACHO UM ROUBO".

VOU PARA  CASA.

TENTO ESCREVER.

MEU VIZINHO É ATOR.

ELE PASSA O TEXTO PULANDO CORDA NA LAJE.

NÃO ENTENDO NADA DO TEXTO.

OUÇO MAIS A CORDA DO QUE ELE FALANDO.

A CORDA DEVIA ATUAR.

TOCA O TELEFONE.

-Até o momento não constamos o pagamento da sua conta telefônica ...

DESLIGO O TELEFONE.

ME MANDAM UM TEXTO PARA LER.

DO NAMORADO DE UMA AMIGA MINHA.

-Lê com carinho, ele escreve bem...mas é um autor incompreendido.

LEIO O TEXTO.

ELA TINHA RAZÃO.

NÃO COMPREENDI O TEXTO.

SINTO FALTA DOS MEUS AMIGOS .

SAIO SEM PREVISÃO QUE HORAS VOLTO.

VOU PARAR NA PAULISTA.

LER LIVROS DE GRAÇA NA FNAC.

DEGUSTAR NO EXTRA DA BRIGADEIRO.

BEBER NO BAR EM FRENTE Á FACULDADE PAULISTA DE ARTES.

É ENGRAÇADO VER O PESSOAL DISCUTIR ARTE NA MESA DO BAR.

ELES SÓ FALAM ALGO LOUVÁVEL QUANDO JÁ ESTÃO BÊBADOS.

O PROBLEMA É QUE ELES NUNCA SE LEMBRARÃO.

CONHEÇO UMA GALERA DE ARTES CÊNICAS E TUDO SE APAGA NA MINHA CABEÇA.

ACORDO NA AUGUSTA COM TRÊS GATOS CHEIRANDO A MINHA JAQUETA E DUAS GAROTAS ME CHAMANDO PRA TOMAR CAFÉ.

TOMO O CAFÉ.

NÃO ME LEMBRO DELAS.

NEM DE NINGUÉM.

TEM TANTA GENTE NO APARTAMENTO QUE NÃO DÁ PRA SABER QUEM É O DONO OU DONA.

OLHO AS HORAS.

13:34

VOU EMBORA.

CHEGO EM CASA.

LIGO O COMPUTADOR.

E-MAIL 1

Cadê as revistas eróticas?

E-MAIL 2
Use as suas opiniões nesta pesquisa para mudar as coisas

E-MAIL 3
Você está passando por um novo trânsito astrológico

E-MAIL 4
quer namorar comigo???

E-MAIL 5

Obrigada.

FELIZ...POR MAIS UM DIA.

sexta-feira, 19 de março de 2010

UMA SEMANA DEPOIS

Adão Itirrusgarai


Angeli e Laerte


                                                                     Caco Galhardo

quarta-feira, 17 de março de 2010

EU PELOS OLHOS DE BOB SOUSA


Foto tirada por Bob Sousa na sede Luz do Faroeste

sábado, 13 de março de 2010

sexta-feira, 12 de março de 2010

terça-feira, 9 de março de 2010

DEIXA A MÔNICA SABER DISSO

Violência na Turma da Mônica

Por Dioclécio Luz em 23/2/2010

Existe uma certa condescendência por parte da imprensa – e mais ainda da crítica – em relação à Turma da Mônica. Muito provavelmente por razões nacionalistas – não é de hoje que os quadrinhos brasileiros tentam se impor no mercado nacional diante das grandes empresas norte-americanas. Ocupar o mercado nacional, porém, não é mais problema para a Turma da Mônica – ela é hoje a revista infantil mais vendida do país, desbancando Disney e companhia.
Na verdade, a exemplo da Disney, a Turma da Mônica, há muito tempo é bem mais que um grupo de personagens de Histórias em Quadrinhos (HQ). Estamos tratando de uma marca fazedora de dinheiro de uma grande empresa – Maurício de Souza Produções – que se manifesta em brinquedos, sabonetes, xampus, fraldas, pentes, parques temáticos... Enfim, uma gigantesca quantidade de produtos infantis.

A questão, porém, não é a dimensão ou os negócios da empresa. Não é o que interessa no momento. Vai se tratar aqui dos personagens da Turma e, em especial, da relação desses personagens com a violência.

O principal deles é, claro, a própria Mônica. A garotinha tem uma característica: ela resolve as coisas na porrada. Tudo. Este é um elemento educativo complicado. Ao invés do diálogo, da negociação, apela-se para a violência. Quando está em apuros, é no braço, ou fazendo uso do seu coelhinho, que Mônica resolve. Moral da história: em situações de conflito, ganha o mais forte.
Hábito que aprendeu com o pai

A Mônica é exemplo de um fenômeno muito comum entre as crianças, em especial nas escolas: o bulling. Pode se dizer que o bulling é uma agressão verbal e sistemática à criança, quando se apelidos que a incomodam, pejorativos, nomeando-a por algo que ela não gosta. No caso, Mônica é chamada de "dentuça", "gorducha" e "baixinha". Isso a deixa irritada. E ela resolve, claro, na porrada. É evidente que, na vida real, nenhum psicólogo iria sugerir o método Mônica para resolver os problemas do bulling. Seria por demais primitivo. No entanto, espantosamente, ele está presente nos gibis da Turma da Mônica. Tudo indica (seria preciso uma pesquisa mais aprofundada) que a solução pela violência é o tema mais recorrente nas histórias em que a garotinha aparece.

Ao que parece, os adultos leitores ou pais de crianças que lêem os gibis da Mônica são condescendente com esta prática da violência. Afinal, para uns, "é uma menina". Isto é, violência feminina pode, masculina não. Na verdade, estamos transferindo para o mundo infantil uma cultura do mundo adulto. A lógica é: se o nosso mundo adulto é machista, com extraordinários índices de violência masculina contra a mulher, é bom que as mulheres reajam. Esse pensamento comete um erro grave: a violência contra a mulher não pode ser corrigida com a mulher também sendo violenta. Quando ela usa as mesmas armas do homem-machista está se igualando a ele. Claro, há momentos em que é preciso se defender, reagir, partir para a luta e aí vale tudo – porque pode ser uma questão de sobrevivência, inclusive. Mas não creio que seja bem aceita na sociedade a mulher que tem por hábito, como o homem violento e machista, resolver tudo na porrada.

De qualquer forma, esse é um problema do mundo dos adultos. Ainda não faz parte do universo infantil. Corrija-se: faz sim, quando as crianças observam os pais e como eles agem para resolver seus conflitos. Se o pai resolve na porrada, o filho ou a filha vão saber que é assim que deve ser feito. É desse modo que se constrói a personalidade. Enfim, numa leitura superficial pode se dizer que se a Mônica tem o hábito de resolver as coisas na porrada, a princípio, direta ou indiretamente, ela aprendeu isso com seu pai ou sua mãe – pela ação ou omissão, atos ou palavras. A princípio, porque teríamos que fazer uma análise mais aprofundada do seu caráter.
A ótica do hormônio

A Mônica, porém, não é um caso, uma personagem de gibi. Ela é um símbolo. Milhares de crianças lêem a Mônica. E o que estão aprendendo?

1) as coisas se resolvem na porrada;
2) a regra é olho por olho, dente por dente;
3) o bulling deve ser praticado;
3) a inteligência ou a sensibilidade não devem ser usados para resolver conflitos.

É o caso de se comparar a Turma da Mônica com outras turmas. Pode-se pensar na Mafalda, do argentino Quino. Mafalda é brilhante. Mesmo sendo uma HQ para adultos, os conflitos são resolvidos com inteligência e muita sensibilidade. Alguns personagens são cruéis, mas dificilmente alguém sai no tapa; não é comum, mas ocorre. Mas nenhum deles tem na violência sua marca, como é o caso da Mônica.

Outra turma brilhante é a do Calvin, do norte-americano Bill Watterson. Não é exatamente para crianças, mas elas também podem participar das histórias de um garotinho nada fácil que vive questionando as nossas regras morais ou sociais. Por exemplo, Calvin costuma fazer compras de bazucas e metralhadoras por telefone... Calvin tem uma "amiga", a Susie, a quem vive importunando. Quase sempre ele leva a pior. Mas, se observa, é uma questão de gênero – os meninos na sua idade não gostam de brincar com meninas. Eles pensam coisas diferentes do que elas pensam; cada qual vê o mundo diferente – pela ótica do seu hormônio. E, às vezes, ela sai no tapa com ele. Mas a violência não é um traço seu. Susie não é a mandona da rua ou da escola.

Desvios comportamentais

É importante registrar que Calvin e Mafalda são personagens com fundamentos sociais revolucionários; são filósofos – eles fazem o leitor refletir sobre o mundo, sobre a sociedade, o nosso modo de vida, a política, os costumes, e claro, a relação dos adultos com as crianças. A turma da Mônica não tem nada disso. Essa gurizada é extremamente conservadora e moralista. Reproduzem as tradições, os costumes, as modas e modos sociais, sem questionamentos. Talvez por isso, a violência com que a Mônica lida com os conflitos seja uma prática comum.

Na escola de Calvin há uma criança, Mool, um grandalhão que costuma bater nas outras crianças e resolver tudo na porrada. Mas seu autor, Bill Watterson, coloca-o no seu devido lugar: Mool é tratado como um grosso, sem nada na cabeça, um gorila. Ele é o resumo caricato de todo cara (ou instituição) que adota a força para se impor sobre os outros. No caso da Mônica ocorre exatamente o contrário: a palavra final, a decisão sobre os conflitos, quem dá é o personagem que tem mais força, isto é, a Mônica. E essa sua característica de violência é transformada numa virtude – devidamente premiada com a solução dos conflitos em que se envolve e a satisfação dos seus desejos.

O outro aspecto a se observar na Turma da Mônica é o abuso dos clichês. Pelo menos três personagens são clichês: Mônica, como se viu, a que resolve as coisas na porrada; Cascão, que odeia água; Magali, a comilona. Antes de tudo, note-se que são clichês negativos. Ninguém da turma é conhecido por ser inteligente, criativo, sensível, cuidadoso, gentil, amável, isto é, por qualidades humanas, por virtudes humanas. Na verdade, temos, mais uma vez, o incentivo ao bulling – esses três personagens trazem consigo motivos para discriminação e para serem agredidos pelos colegas.

O problema dos clichês nos personagens é que eles não existem fora disso. Cascão ou Magali (e a Mônica) não existem fora dessas suas "virtudes". As observações, as visões do mundo, as idéias, as sugestões, tudo isso que dá personalidade a um personagem, não existe na Turma da Mônica. A gente sabe que é Magali quando ela fala em comida; a gente sabe que é Cascão por seu ódio à água; a Mônica aparece quando é hora da porrada. Mas essas características de Cascão e Magali, como veremos mais adiante, não são exatamente traços de personalidade, e sim, desvios comportamentais. A violência da Mônica, sim, está mais próximo de um problema de personalidade.

Por que Magali não engorda?

A Magali merece uma observação mais cuidadosa. Ela é uma menina que tem obsessão por comida. E como as histórias da Maurício de Souza Produções abordam isso? Como algo normal. Ter obsessão por comer, para a Maurício de Souza Produções, não é problema.
Há uma confusão no discurso da Magali (o dela e o de quem a faz falar): a obsessão por comida é considerada um traço da sua personalidade, mas não causa efeitos negativos sobre a saúde. Esse é o problema. Se uma criança que tenha obsessão por comer se identificar com Magali, não vai se esforçar para romper com essa obsessão.

O que se percebe é que o assunto – o desejo de comer sempre mais – é muito sério para ser tratado da maneira como trata a Turma da Mônica. O Brasil tem uma população obesa de adultos que ultrapassa 50%. Entre os pobres, os percentuais podem chegar a 60%. No ano passado, o Ministério da Saúde fez uma campanha contra a obesidade das crianças. E obesidade é doença, reconhece a Organização Mundial da Saúde. Magali, porém, embora tenha essa obsessão pela comida, não é uma menina obesa. Isto é, os roteiristas e desenhistas eliminaram das histórias o que é consequência natural de quem come demais. Todo mundo que come bastante engorda. Magali, não. Porque a Maurício de Souza Produções eliminou essa parte da história da Magali? Pode-se pensar em várias alternativas: para focar no clichê da obsessão por comida; para não discriminar leitores e leitoras que têm essa obsessão; para não ferir os interesses comerciais da revista que costuma publicar anúncios de biscoitos e guloseimas para o público infantil. Seja como for, a abordagem é extremamente perigosa para o leitor, principalmente para aquele ou aquela que tem obsessão por comida.

As marcas das personalidades

A questão da personalidade merece mais atenção.

Observando os clássicos dos quadrinhos pode se notar que os personagens têm personalidade. Não é necessário olhar a imagem para distinguir nos balões se quem fala é Batman ou Robin, Tarzan ou Guran, Flash Gordon, Fantasma; Miguelito, Felipe, Mafalda ou Manolito. A bem da verdade, diga-se que Quino também usa clichês, como Suzie (que é tudo que a mulher passiva deve ser) e Manolito (o capitalista radical). Mas, está bem claro aí que esses personagens são símbolos caricaturados de uma proposta de sociedade que ele (o autor) condena. De fato, estes dois aparecem como representações semióticas do cenário político ideológico da sociedade criticada por Mafalda e sua turma. Seriam o contraponto ao mundo que Mafalda (Quino) pensa. E mesmo assim não se pode dizer que não tenham personalidade. Suzie e Manolito pensam e agem conforme a postura ideológica de cada um. Eliminem-se os desenhos na HQ e o leitor que costuma ler Quino irá identificar os dois. Eles têm opinião, idéias, posturas. Todos os personagens de Mafalda têm personalidade – cada um pensa diferente. As boas histórias em quadrinhos criam personagens fortes – e são considerados fortes porque se impõem pela singularidade, pela personalidade. Vide a turma de Hagar, o horrível, de Dik Browne; ou os personagens criados por Laerte (Piratas do Tietê, Zelador, Gato & gata) ou Angeli (Rê Bordosa, Rhalah Ricota), F Gosales (Niquel Naúsea); ou gibis mais antigos como Manda-chuva e Os Flinststones. Tira, cartum ou HQ, os personagens têm personalidade.

E quanto aos principais personagens da Turma da Mônica? Não têm nada disso. Quais são as marcas das personalidades deles? Não existem. A única que se sabe tem uma personalidade é Mônica, mas por seu desvio. Quando ela não está dando porrada, também não existe.
A demanda bélica do Pentágono

Podemos pensar em outros personagens. Chico Bento, por exemplo, revela a vida no campo, mas como clichê. As situações vividas por ele mais parecem narradas por um observador instalado na Rua Augusta, um urbanóide que nunca botou os pés na terra. Por isso, o meio rural é tratado como um outro planeta. E se alguém perguntar as características da personalidade de Chico Bento não vai ter resposta. No máximo vai fazer uso do clichê – que ele é um matuto, um caipira paulista, algo genérico. Chico Bento é uma visão burguesa – distante e elitista – do campesinato. Ele não existe, o que existe é o meio em que vive, forjando todos iguais a ele. (Ele não existe porque não pensa, tomando de empréstimo o cogito cartesiano.) Não pensa como uma pessoa chamada Chico Bento, mas como o protótipo de um ser qualquer, genérico, que vive no meio rural. A gente identifica Chico Bento por causa do ambiente, da roupa, do sotaque caipira. Mas Chico Bento pode ser qualquer um.

Esta visão de personagem que não pensa, não tem opinião, mas apenas age e, conforme o meio, vem dos anos 50, 60 ou 70 do século passado, quando a turma da Marvel já fazia sucesso. Além dos citados Batman, Tarzan, Fantasma, havia Hulk e uma enormidade de gibis de cowboys. No Brasil, a melhor experiência de HQ infantil foi a Turma do Pererê, de Ziraldo, que já ia além dos personagens clichês, fazendo-os ter personalidade.

Hoje são outros tempos. E os personagens mudaram. Batman ainda é cultivado pela garotada mais nova, porém avançou em traços mais exuberantes (Frank Miller, por exemplo) e adquiriu uma personalidade dark. O mesmo aconteceu com Hulk. E com a grande maioria dos antigos heróis. De fato, eles evoluíram porque o público também evoluiu. Os desenhos (e filmes) de Batman contêm muita violência, mas, regra geral, agora se tenta explicar isso como traço de personalidade (revolta pela morte de parentes). Isto é, Batman tem personalidade. Super-heróis puramente ideológicos, como é o Capitão América, criados para atenderem à demanda bélica do Pentágono, são mortos e depois revividos conforme os interesses bélicos do momento.

Um exagero na idolatria

Neste sentido, a Turma da Mônica é um retrocesso. É um monte de clichês, como era comum principalmente nos personagens de Walt Disney – sem opinião e naturalmente conservadores. Sim, Disney foi um histórico conservador, conhecido por delatar aqueles que lhe pareciam comunistas na época do presidente McArthur. Tio Patinhas é o símbolo maior da Disney.
A personagem Mônica não tem uma obsessão como a do Tio Patinhas (pelo dinheiro), mas os dois têm algo em comum – Mônica sugere que os conflitos do mundo devam ser resolvidos através da violência. E isso pode ser visto como uma postura bélica, característica histórica e cultural dos Estados Unidos. Afinal, o big stick, a solução de conflitos através da porrada, tem sido a forma diplomática dos Estados Unidos agirem nos últimos séculos.

Tio Patinhas, salvo engano, é de meados do século passado. Mas Tio Patinhas, mesmo assim, ainda é um avanço em relação a Cascão ou Magali porque, como o Manolito de Quino, a sua necessidade de juntar dinheiro é uma ideologia, e o medo da água de Cascão ou a fome de Magali, são apenas bullings reverenciados pela Maurício de Souza. É muito provável que Maurício de Souza tenha se espelhado em Walt Disney para criar os seus. Talvez haja um exagero nessa idolatria: há uma semelhança física (forjada ou não) entre o criador da Turma da Mônica e o criador do Pateta. Isso não explica o porquê da Mônica ser violenta ou dos personagens da sua turma não terem personalidade. Mas deixa o alerta sobre o que nossas crianças estão lendo.


BOM, ESSA MATÉRIA SAIU NO OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA:
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?msg=CONF&cod=578JDB009&#c


O BOM É QUE DÁ PRA DEIXAR COMENTÁRIOS, POR ISSO ABRAM ESSE LINK E DÊEM UMAS BOAS COELHADAS NO CARA.

segunda-feira, 8 de março de 2010

O QUE EU ME LEMBRO, O QUE EU SEI E O QUE ELA GOSTA.

EU ME LEMBRO QUANDO ELA DISSE:

" Eu quero te ver".

EU SEI QUE ELA NÃO DORMIU ESSE DIA.

EU ME LEMBRO QUE ELA GOSTAVA DESSES FILMES EUROPEUS.

EU SEI QUE ELA É VEGETARIANA.

EU ME LEMBRO QUE ELA GOSTA DE CLARICE LISPECTOR.

EU SEI QUE ELA GOSTA DE PARTICIPAR DESSES MOVIMENTOS E PASSEATAS FEMINISTAS.

EU ME LEMBRO QUE ELA GOSTAVA DE TOFU.

EU SEI QUE ELA GOSTA DE RADIOHEAD, BJORK E PATTI SMITH.

EU ME LEMBRO QUE ELA NÃO ENTRAVA NEM Á FORÇA EM UM MC'DONALDS.

EU SEI QUE ELA JÁ LEU PERSEPÓLIS.

EU ME LEMBRO QUE ELA TINHA UMA CAMISETA DA JANIS JOPLIN.

EU SEI QUE ELA GOSTA DE BEBER DE VEZ EM QUANDO.

EU ME LEMBRO DO PAI DELA.

EU SEI QUE ELA GOSTA DE FICAR POR CIMA.

EU ME LEMBRO DA COR DA SUA CALCINHA QUANDO A GENTE TRANSOU A PRIMEIRA VEZ.

EU SEI QUE ELA TEM SEIS CONTAS NESSES SITES DE RELACIONAMENTO NA INTERNET.

EU ME LEMBRO QUE ELA SEMPRE MANDAVA UMA MENSAGEM PELO ORKUT DIZENDO QUE JÁ TINHA CHEGADO EM CASA.

EU SEI QUE JÁ ROUBARAM CINCO CELULARES DELA.

EU ME LEMBRO QUE ELA NÃO GOSTAVA DE GUARDA CHUVA.

EU SEI QUE ELA SÓ TINHA 21 ANOS

E EU ME LEMBRO QUE A GENTE SÓ NAMOROU DURANTE UM MÊS.

POR ISSO ESTÁ TUDO MEIO CONFUSO NA MINHA CABEÇA.



O QUE EU ME LEMBRO.



O QUE EU SEI.



O QUE ELA GOSTA.



POR ÚLTIMO, EU ME LEMBRO DO TELEFONE TOCAR E ELA FALAR:

" Você gosta mais de mim do que eu de você".

E DESLIGOU.



EU SEI QUE ESSA FRASE DEVE CONSTAR EM ALGUM MANUAL DE FIM DE RELACIONAMENTO.


EU ME LEMBRO DE LIGAR O SOM


ABRIR A GELADEIRA


PEGAR A METADE DE UM ABACATE E A CAIXA DE LEITE


E DECIDO FAZER UMA VITAMINA.

domingo, 7 de março de 2010

JUSTIÇA

GUERRA AO TERROR GANHA SEIS OSCARS, INCLUSIVE O DE DIREÇÃO E DE MELHOR FILME.



VEJA O TRAILER:

http://www.youtube.com/watch?v=OJS4maWtw5s


VEJA O FILME:

http://filmesmegavideo.net/category/guerra/

sábado, 6 de março de 2010

ELAS TEIMAM EM TERMINAR.....

ELAS TEIMAM EM TERMINAR COM VOCÊ PELO TELEFONE.

JUSTAMENTE DEPOIS DE FICAR ESPERANDO UMA LIGAÇÃO DELA DURANTE UMA SEMANA.

ELAS TEIMAM EM TERMINAR COM VOCÊ NUM SÁBADO Á NOITE.

QUANDO VOCÊ ACHA QUE ELA VAI TE CONVIDAR PRA SAIR.

ELAS TEIMAM EM TERMINAR COM VOCÊ NUMA NOITE NUBLADA E CHUVOSA.

SÓ PRA TE MOSTRAR QUE OS CLICHÊS HOLLYWOODIANOS EXISTEM.

ELAS TEIMAM EM TERMINAR FALANDO:

- EU TE VEJO COMO UM AMIGO.

SÓ PRA VOCÊ NÃO PEGAR UMA 12 E CORRER ATRÁS DELA.

ELAS TEIMAM EM DIZER QUE NÃO CONSEGUEM ADMINISTRAR TANTAS COISAS NA VIDA.

MESMO SABENDO QUE ISSO É UMA DESCULPA.

ELAS TEIMAM EM TERMINAR COM VOCÊ QUANDO MAIS SE PRECISA DELAS.

SENDO QUE TUDO QUE VOCÊ QUER É UM COLO FEMININO TE FAZENDO UM AFAGO TE FALANDO QUE VAI FICAR TUDO BEM.

TEIMAM EM TERMINAR NUM SILÊNCIO FÚNEBRE QUE ECOARÁ NA SUA CABEÇA PELO RESTO DE SUA VIDA.

COM O TELEFONE DESLIGANDO.

COM O BARULHO DA CHUVA LÁ FORA

E O MORRISSEY DIZENDO BEM BAIXINHO:

I am human and i need to be loved
Just like everybody else does

quinta-feira, 4 de março de 2010

PREVISÕES



MEU SIGNO DIZ QUE ESTOU PASSANDO POR UM TRÂNSITO ASTROLÓGICO.


O TARÔ DIZ QUE PASSO POR UMA FASE DE GRANDES MUDANÇAS.


O HOROSCOPO CHINÊS DIZ QUE EU SEMPRE LUTO POR UM MUNDO MAIS JUSTO E BELO.


A NUMEROLOGIA DIZ QUE MEU NÚMERO É 1.


AS RUNAS DIZEM PRA FAZER UM MAPA ASTROLÓGICO DO AUTO CONHECIMENTO.


NÃO SEI O QUE TUDO ISSO QUER DIZER.


SÓ SEI QUE ESPERO ANSIOSO PRA SABER QUAL É O PRÓXIMO BRINQUEDO NO MC LANCHE FELIZ.


VOU ATÉ A BANCA COMPRAR O ÚLTIMO NÚMERO DO BATMAN.


SONHO EM UM DIA IR PRA DISNEY.


ENQUANTO TUDO DESABA AO MEU REDOR.


COMO CORTAR OS PULSOS

http://ainanas.com/tag/como-cortar-os-pulsos/

quarta-feira, 3 de março de 2010

JUNDIAI

NUNCA FUI PRA JUNDIAI.

NUNCA PENSEI EM IR.

MAS SAIU A MATÉRIA DA PEÇA"JARDIM INVERSO" LÁ.

PORRA...TÔ PENSANDO SERIAMENTE NO CASO.

http://www.portaljj.com.br/interna.asp?Int_IDSecao=4&Int_ID=104897

É SÓ CLICAR NO LINK E VER A MATÉRIA.

É PRATICAMENTE A MESMA QUE SAIU NA FOLHA DE SÃO PAULO AQUI.

MAS E DAÍ?

FIQUEI MUITO FELIZ.

AGORA VOU ARRUMAR AS MALAS.

AMANTES

Sou um homem doente...

Certa manhã, ao despertar de sonhos intranquilos...

Quando chegou aos trinta anos, Zaratustra deixou sua pátria e o lago de sua terra natal e partiu para as montanhas.

Como me sinto feliz por ter partido!

Hoje, minha mãe morreu. Ou talvez ontem, não sei bem.

Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do...

Eu, filho do carbono e do amoniaco.


"AGORA SÃO OS LIVROS QUE DEITAM NA CAMA E QUE SE DEIXAM SER AMADOS".

ENQUANTO ISSO...IAN CURTIS ME ARRASTA PARA COVA.

Confusion in her eyes that says it allShe's lost controlAnd she's clinging to the nearest passer byShe's lost controlAnd she gave away the secrets of her pastAnd said I've lost control againAnd a voice that told her when and where to actShe said I've lost control againAnd she turned around and took me by the hand and saidI've lost control againAnd how I'll never know just why or understandShe said I've lost control againAnd she screamed out kicking on her side and saidI've lost control againAnd seized up on the floor, I thought she'd dieShe said I've lost controlShe's lost control againShe's lost controlShe's lost control againShe's lost controlWell I had to phone her friend to state my caseAnd say she's lost control againAnd she showed up all the errors and mistakesAnd said I've lost control againAnd she expressed herself in many different waysUntil she lost control againAnd walked upon the edge of no escapeAnd laughed I've lost controlShe's lost control againShe's lost controlShe's lost control againShe's lost control